quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Linha Saúde 24: DGS admite não renovar contrato com empresa gestora
Posted on 23:41 by oncare
Francisco George, que foi ouvido durante mais de três horas na comissão parlamentar de saúde, afirma que poderão ser tomadas medidas no sentido da empresa privada que explora a linha poder ou não deter mais um ano de exploração.
O director-geral da Saúde, Francisco George, admitiu hoje a possibilidade de não renovar o contrato com a empresa que gere a Linha Saúde 24 caso continuem os conflitos laborais.
Francisco George, que foi ouvido durante mais de três horas na comissão parlamentar de saúde, afirmou no final da audição ser "tempo de acabar com os problemas e dizer aos portugueses que têm uma excelente linha de aconselhamento, com grande qualidade, e que é preciso continuar a tê-la".
"Não podemos continuar a aceitar esta instabilidade", afirmou o director-geral da Saúde aos jornalistas, acrescentando haver medidas que podem ser tomadas para resolver o problema.
"Há medidas que podem ser tomadas no contexto de uma oportunidade que poderá ou não ser dada à empresa privada que explora a linha, no sentido de poder ou não deter mais um ano de exploração, de acordo com o que está previsto no contrato, e essa questão tem de ser equacionada", disse.
O director-geral de Saúde salientou que até ao dia 25 de Maio há que "assumir uma decisão" e que "a serenidade tem de começar hoje". Frisou ainda: "É altura de parar, enquanto é tempo, com estes conflitos. Ainda vamos a tempo de garantir a qualidade de serviço", que é de "qualidade".
Defendeu também que é preciso garantir uma "total serenidade" na gestão dos recursos humanos e sublinhou que a "Linha Saúde 24 em nenhum momento pode ficar desacreditada".
Durante a audição, onde respondeu a várias perguntas dos deputados sobre os problemas que afectam o serviço, Francisco George afirmou que já manifestou a sua "discordância" em termos da gestão de recursos humanos. "É preciso saber lidar com enfermeiros porque eles têm características próprias, as suas escalas, a sua maneira de trabalhar e é este aspecto central que está a prejudicar algumas relações de trabalho", sublinhou.
Revelou ainda que pediu "reiteradamente a readmissão dos enfermeiros" e que deu o seu nome para ser arrolado como testemunha daqueles que foram dispensados, ressalvando que esta decisão "não envolve nenhum confronto com a administração". Na audição estiveram presentes alguns enfermeiros da Linha Saúde 24 que foram dispensados e outros a quem não vai ser renovado o contrato. Enfermeiros "decepcionados"
Francisco George, que foi ouvido durante mais de três horas na comissão parlamentar de saúde, afirmou no final da audição ser "tempo de acabar com os problemas e dizer aos portugueses que têm uma excelente linha de aconselhamento, com grande qualidade, e que é preciso continuar a tê-la".
"Não podemos continuar a aceitar esta instabilidade", afirmou o director-geral da Saúde aos jornalistas, acrescentando haver medidas que podem ser tomadas para resolver o problema.
"Há medidas que podem ser tomadas no contexto de uma oportunidade que poderá ou não ser dada à empresa privada que explora a linha, no sentido de poder ou não deter mais um ano de exploração, de acordo com o que está previsto no contrato, e essa questão tem de ser equacionada", disse.
O director-geral de Saúde salientou que até ao dia 25 de Maio há que "assumir uma decisão" e que "a serenidade tem de começar hoje". Frisou ainda: "É altura de parar, enquanto é tempo, com estes conflitos. Ainda vamos a tempo de garantir a qualidade de serviço", que é de "qualidade".
Defendeu também que é preciso garantir uma "total serenidade" na gestão dos recursos humanos e sublinhou que a "Linha Saúde 24 em nenhum momento pode ficar desacreditada".
Durante a audição, onde respondeu a várias perguntas dos deputados sobre os problemas que afectam o serviço, Francisco George afirmou que já manifestou a sua "discordância" em termos da gestão de recursos humanos. "É preciso saber lidar com enfermeiros porque eles têm características próprias, as suas escalas, a sua maneira de trabalhar e é este aspecto central que está a prejudicar algumas relações de trabalho", sublinhou.
Revelou ainda que pediu "reiteradamente a readmissão dos enfermeiros" e que deu o seu nome para ser arrolado como testemunha daqueles que foram dispensados, ressalvando que esta decisão "não envolve nenhum confronto com a administração". Na audição estiveram presentes alguns enfermeiros da Linha Saúde 24 que foram dispensados e outros a quem não vai ser renovado o contrato. Enfermeiros "decepcionados"
Em declarações aos jornalistas no final da audição, Ana Rita Cavaco, enfermeira supervisora, afirmou que ficaram "muito decepcionados" em termos das respostas dadas por Francisco George sobre os algoritmos - árvore de decisão com várias perguntas - e o funcionamento do serviço.
"Há algoritmos nesta linha que mandam perguntar a crianças de seis anos se estão a amamentar, se estão grávidas ou se ingeriram bebidas alcoólicas", disse a enfermeira, explicando que os utentes só não ouvem estas perguntas na linha porque os enfermeiros não as fazem.
Ana Rita Cavaco adiantou que os enfermeiros continuam "a ser pressionados lá dentro, continuam a haver métodos muito pouco democráticos e uma das pessoas que foi inquirida pelo coordenador da Linha Saúde 24 foi despedido".
"O enfermeiro Lúcio Silva aceitou prestar esclarecimentos à Direcção-Geral da Saúde e foi despedido e a DGS sabe disso tudo", revelou. Lúcio Silva disse aos jornalistas que quando foi demitido não lhes foi apresentado argumento nenhum.
A administração da Linha Saúde 24 dispensou no início do ano quatro enfermeiros e anunciou que não vai renovar os contratos de três outros, que terminam em Março. Os funcionários acusam a administração de os estar a despedir por terem denunciado o "caos organizativo" da instituição, o que foi negado pela administração.
Numa iniciativa do Ministério da Saúde, a Linha Saúde 24 foi criada em 2007 para dar assistência em cuidados de saúde, fazendo triagem e aconselhamento dos utentes, tendo em vista evitar que estes se desloquem aos hospitais e centros de saúde sem necessidade.
Desde o seu arranque, mais de 800.000 pessoas ligaram para a linha telefónica Saúde 24 (808242424).
FONTE: EXPRESSO
Os enfermeiros que trabalham para a linha Saúde 24 contestam as condições de trabalho naquele serviço telefónico e queixam-se de processos de avaliação “inadequados”. Os profissionais concentraram-se este sábado em Lisboa numa acção de protesto que levou o director-geral de Saúde a prometer convocar os responsáveis da empresa para evitar a degradação do serviço.
Vídeo do seu interesse:
http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?article=381805&headline=98&visual=25&tema=37
Enfermeiros da Linha Saúde 24 em protesto
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