quarta-feira, 11 de junho de 2008

Exames para o diagnóstico das perturbações do fígado e da vesícula biliar

Posted on 23:28 by oncare


Podem realizar-se vários exames para determinar as possíveis alterações do fígado, da vesícula e da vias biliares. Entre os mais importantes estão os exames de sangue conhecidos como exames da função hepática.

Consoante o problema que o paciente possivelmente apresenta, o médico também pode ordenar exames de imagens, como uma ecografia, uma tomografia axial computadorizada (TAC) ou um exame de ressonância magnética (RM). Também é possível obter uma amostra de tecido hepático para exame ao microscópio (biopsia do fígado).


Os exames de sopro praticados medem a capacidade do fígado para metabolizar diversas substâncias. Essas substâncias, que são assinaladas com um traçador radioactivo, podem ser administradas por via oral ou por via intravenosa. O nível de radioactividade encontrado no sopro do paciente é uma medida da quantidade de substância metabolizada pelo fígado.

Numa ecografia utilizam-se ondas sonoras para obter imagens do fígado, da vesícula e do tracto biliar. Este exame é melhor para detectar anomalias estruturais como os tumores do que para detectar anomalias difusas como a cirrose. A ecografia é a técnica mais económica, segura e eficaz na obtenção de imagens da vesícula e das vias biliares.

Por meio da ecografia, o médico pode detectar eficazmente os cálculos na vesícula e distinguir com facilidade a icterícia causada por uma obstrução do canal biliar da causada por uma disfunção celular hepática. A técnica ecográfica de Doppler vascular pode ser usada para mostrar a circulação nos vasos sanguíneos do fígado. A ecografia também é útil para guiar a agulha que o médico utiliza ao obter amostras de tecido para biopsia.

Para obter imagens com radionuclidos (isótopos radioactivos), injecta-se no organismo uma substância com um marcador radioactivo, que deverá ser absorvida por um órgão em particular. A radioactividade detecta-se mediante uma câmara de raios gama ligada a um computador que gera a imagem. A gamagrafia do fígado é um tipo de exploração com radionúclidos que utiliza as substâncias radioactivas absorvidas pelas células hepáticas. A colecintigrafia, outro tipo de exploração com isótopos radioactivos, aproveita as substâncias radioactivas excretadas pelo fígado nas vias biliares. Utiliza-se para detectar as inflamações agudas da vesícula biliar (colecistite).

A tomografia axial computadorizada (TAC) pode produzir excelentes imagens do fígado e é particularmente útil na detecção de tumores. Pode detectar alterações difusas, como o fígado gordo ou o tecido anormalmente denso do fígado causado por um excesso de ferro (hemocromatose).

Contudo, dado que na TAC se utilizam raios X e é um procedimento caro, não é tão frequente como a ecografia.

A ressonância magnética (RM) dá excelentes imagens, semelhantes às obtidas com a TAC. Contudo, existem algumas desvantagens: é mais cara que esta, demora mais que outros exames morfológicos e requer que se esteja numa câmara estreita, o que pode provocar claustrofobia em algumas pessoas.

A colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) é um exame em que um endoscópio (um tubo óptico flexível) se introduz pela boca, através do estômago e do duodeno e chega até às vias biliares. Depois injecta-se uma substância radiopaca nos canais biliares e realizam-se radiografias. Este exame causa inflamação do pâncreas (pancreatite), em 3 a 5 por cento dos pacientes.

Numa colangiografia transhepática percutânea insere-se uma agulha através da pele até ao fígado e depois injecta-se uma substância radiopaca num dos canais biliares. O médico pode utilizar a ecografia para guiar a agulha. As radiografias mostram claramente as vias biliares, e em particular uma oclusão das mesmas no interior do fígado.

Na colangiografia peroperatória utiliza-se uma substância radiopaca visível com raios X. Durante uma intervenção cirúrgica, a substância injecta-se directamente nos canais das vias biliares. Desta maneira, aparecem nas radiografias imagens claras do tracto biliar.

Muitas vezes, as radiografias simples podem mostrar um cálculo biliar calcificado.

Técnicas radiológicas para avaliar as vias biliares
Estas três técnicas de diagnóstico usam uma substância de contraste radiopaca para delinear o tracto biliar nas radiografias.

FONTE: MANUAL MERK

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