domingo, 22 de março de 2009

Sedação e analgesia em crianças: uma abordagem prática para as situações mais freqüentes

Posted on 00:19 by oncare

Santiago Mencía BartoloméI; Jesús López-Herce CidI; Norberto FreddiII
IUnidade de Cuidados Intensivos Pediátricos, Hospital General Universitario Gregorio Marañón, Madrid, Espanha IIResponsável, Unidade de Tratamento Intensivo Pediátrica, Hospital Santa Catarina, São Paulo, SP. Pediatra intensivista, Serviço de Neonatologia, Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP. Presidente, Departamento de Pediatria, Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)





RESUMO


OBJETIVOS:


Revisar as indicações, doses e formas de administração dos sedativos, analgésicos e relaxantes musculares mais utilizados na criança, bem como os métodos de monitorização da sedação.


FONTES DOS DADOS:


Levantamento bibliográfico utilizando a base de dados MEDLINE e revisão da experiência em nossas unidades de cuidados intensivos pediátricos.


SÍNTESE DOS DADOS:


A administração contínua de drogas analgésicas e sedativas impede o aparecimento das fases de subsedação e requer menor assistência do que na administração intermitente. O midazolan é a droga mais utilizada para sedação contínua da criança gravemente enferma. Os derivados opiáceos e os antiinflamatórios não-hormonais são os analgésicos mais utilizados na criança gravemente enferma. Os opióides associados aos benzodiazepínicos em infusão contínua são os fármacos de eleição em crianças em ventilação mecânica, especialmente a morfina e o fentanil. O uso de protocolos e a monitorização com a utilização de escores clínicos e métodos objetivos como o BIS permitem ajustar mais corretamente a medicação, evitando a supersedação, a subsedação e a síndrome de abstinência. As intervenções não-farmacológicas, como a musicoterapia, o controle de ruídos, a adequada utilização da luz, a massagem e a comunicação com o paciente, são medidas complementares que auxiliam na adaptação da criança ao ambiente hospitalar adverso.



CONCLUSÕES:


A sedação deve ser adaptada a cada criança em cada momento. O emprego de protocolos que facilitem uma correta seleção de fármacos, uma administração adequada e uma monitorização cuidadosa melhoram a qualidade da sedoanalgesia e reduzem seus efeitos adversos.



Palavras-chave: Sedação, analgesia, dor, ventilação mecânica, abstinência.



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