sexta-feira, 22 de maio de 2009
Droga em Debate
15 dos cerca de 70 reclusos do estabelecimento prisional de Bragança estão fazer tratamento no CRI - Centro de Respostas Integradas, antigo CAT - Centro de Atendimento a Toxicodependentes. Os números foram revelados hoje durante a segunda edição do Ciclo de Conferências, organizadas naquele estabelecimento prisional, no âmbito do programa de Educação e Formação de Adultos Uma das conferências abordava o tema da toxicodependência em ambiente de reclusão. O director do Estabelecimento Prisional explica que no CRI “alguns reclusos só fazem mesmo consultas de psicologia e outros têm tratamento de metadona ou outros substitutos”. Mário Torrão faz questão salientar que “tudo o quem a ver com toxicodependências e doenças infecto-contagiosas não é só um problema da cadeia, às vezes é mais preocupante o que se passa no país livre”. Mas quem tem esses problemas “levamo-los ao tratamento” realça. Mário Torrão revela ainda que para dar ainda mais apoio aos reclusos ao nível da saúde, não só os toxicodependentes, os serviços médicos vão ser reforçados. “A Direcção-geral dos Serviços Prisionais lançou um concurso público internacional para prestação de serviços e vamos reforçar ao nível de enfermagem e clínica geral” adianta. Esta conferência contou com a presença do médico legista Pinto da Costa que alertou para os malefícios do consumo de substâncias estupefacientes. “A pessoa perde a vontade, perde a atenção, perde a capacidade de raciocínio, a auto-estima e a alegria de viver e cada vez mais vai precisar da droga para evitar a dor e o sofrimento que tem por não ter droga” afirma, acrescentando que “muita da criminalidade resulta da necessidade de ter dinheiro para ter a droga e dai que desaparecem as pratas de casa das famílias, desaparece dinheiro da carteira do pai porque o único valor moral que existe é arranjar dinheiro para a próxima dose”. O tema da toxicodependência abordado numa conferência realizada no Estabelecimento Prisional de Bragança, onde a maior parte dos reclusos que ali cumprem pena é por crimes relacionados com o tráfico de droga.
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